terça-feira, 30 de junho de 2009

Criminalização dos movimentos sociais


O MTL se dirige à sociedade organizada para denu

nciar uma verdadeira ofensiva da classe domina

nte brasileira através do seu governo e seus aparatos contra o povo pobre de nosso país,

e os dirigentes construídos em suas legítimas lutas de resistência.

Estamos assistindo em todo Brasil um ver

dadeiro genocídio de nossa população pobre, negra, moradora de comunidade

s, que vem sendo abatida, muitas vezes dentro de suas próprias casas. São homens, mulheres, crianças,

homossexuais tratados como bicho, sem nenhum direito de defesa frente seus

algozes.
Atrás do discurso do combate ao crime, ao tráfico e as milícias, o governo central, junto com seus governos Estaduais e Municipais aliados promovem uma verdadeira onda de terror, que tem como verdadeiro pano de fundo o Controle Social da Pobreza e de q

ualquer tentativa de organização e rebelião dela. É a ação preventiva que prevalece.
Para atacar o povo pobre, lutador, eles começam a atacar seus dirigentes, tentando com isto atingir o coração de nossas lutas.
Está sendo assim em vários Estados, como no RJ, que nesta terça-feira, dia 19-08, recebeu a noticia do assassinato de nosso militante, companheiro Jorge Martins, que foi assassinado com 08 tiros nas costas, no Município de Itaguaí onde era um destacado dirigente comunitário. Jorge encaminhou ao deputado Marcelo Freixo, Presidente da CPI das Milícias da ALERJ do RJ, denúncias que comprovavam a participação de altas autoridades daquele Município com grupos milicianos para-militares que vinham aterrorizando e achacando moradores. O assassinato covarde de Jorge Martins só comprova a impunidade e a postura complacente do Governo do RJ com a proliferação das milícias e seu controle dos “territórios”, inclusive eleitorais, pois moradores são ameaçados a votar nos candidatos indicados pelos bandidos.
Em São Paulo, os militantes do MTL, que se organizam no Sindicato dos Condutores de Diadema também estão sobre ataqu

es. Já ocorreram mais de 4 agressões armadas organizadas por gangsteres sindicais publicamente identificados com a CUT, Força Sindical e NCST, que invadiram a sede do Sindicato agredindo diretores, militantes e funcionários, quebrando todo o patrimônio da categoria. Se não fossem suficientes todas estas agressões, a cerca de 1 mês os companheiros Luisão e Osvaldo, Presidente e Secretario Geral respectivamente, do Sindicato foram emboscados por 4 motoqueiros que desferiram contra eles vários tiros, chegando a ferir o companheiro Luisão. Se não fosse o esquema de segurança articulado por nosso Movimento em torno dos companheiros hoje também estariam mortos.
Para demonstrar a violência em torno do sindicato de Diadema, no dia de ontem, em mais um ataque, um ativista (que por motivo de segurança não nominamos aqui) foi baleado com 2 tiros, um no peito e outro na perna, na porta do Sindicato, estando neste momento internado e brigando por sua vida. A versão oficial é de que ocorreu um assalto em uma loja perto, mas toda a ação se concentrou na porta do sindicato e contra aqueles que por ali circulavam. Por trás dos constantes ataques, está a sanha da pelegada das Centrais Sindicais que estão se engalfinhando na disputa pelo imposto sindical e confederativo, além dos acordos milionários que tem com as empresas do setor para vender os trabalhadores do setor de transporte e seus direitos.
No campo a situação não é diferente, em nome de garantir a concentração da propriedade da terra, o Governo Lula prioriza os interesses das transnacionais e garante a implementação do modelo agrícola do agronegócio, e a ocupação prioritária da terra para o mono cultivo de produtos “rentáveis” como o eucalipto, a soja e a cana. Enquanto isto cresce a crise mundial na área de alimentos com a população pobre sofrendo da escassez e da carestia de produtos essenciais.
Para garantir implementar esta política também estão atacados dirigentes das lutas dos trabalhadores Sem-Terra, como no Município de Ulionopolis, na Região Nordeste do Estado do Pará, onde o Fazendeiro-chefe da região, Camilo Uliana, ameaça publicamente de morte os companheiros, José Wilson Mariano, Francisco Lourenço, João Gomes da Silva e João Batista Coelho, que são dirigentes de assentamentos sob a bandeira do MTL na região.
No Estado do Pará, mais de 17 assentamentos rurais com a bandeira de nosso movimento estão ameaçados de reintegração de posse devido à pressão dos fazendeiros e governos municipais que durante este período eleitoral fazem de seus acordos financeiros o ponto de partida para o ataque aos trabalhadores Sem-Terra.
É preciso parar com estes ataques! É preciso não a criminalização do povo pobre e de suas lutas! É preciso denunciar o Governo Lula e todos os seus aliados que governam estados e Municípios e são coniventes com esta violência! È preciso dizer não ao gangsterismo sindical das grandes Centrais Sindicais chapas brancas!É preciso combater o poder para-militar e seus bandidos de plantão!
Mas não será possível fazer isto com denúncias apenas. É preciso reorganizar a esquerda lutadora, representante do nosso povo pobre. É preciso construir ações comuns, Lutas e mobilizações comuns. Nada terá mais capacidade de deter este Genocídio de nosso povo e as ações contras nossos dirigentes do que o nosso levante em lutas na cidade e no campo.
Chamamos o MST, a Assembléia Nacional, as Pastorais Operárias, a Intersindical, a Conlutas, o MTST, os partidos da classe, que não se venderam, PSOL, PCB e PSTU, e todas as Entidades lutadoras a somarem forças com o MTL para defendermos as vidas dos nossos companheiros e as lutas de nosso povo.
Nós do MTL temos consciência que não podemos garantir a vida e as lutas de nossos companheiros sem a ajuda de todas estas organizações políticas e de nossa ação comum. Por isto, junto a estas denúncias que encaminhamos a toda a sociedade, vai o urgente chamado a UNIDADE, para que a nossos militantes e dirigentes não esteja destinado apenas virar imagem em camisetas e cartazes de denúncia.

Saudações socialistas

MOVIMENTO TERRA TRABALHO E LIBERDADE - MTL